Senhores,
Uma das coisas mais complexas em um sistema de gestão de documentos, vulgo PDM, é associar o produto com o que está em campo instalado. O problema não é como o produto sai fabricado da empresa, mas como ele era há 10 anos ou como ele está hoje.
Part Number – Código de engenharia
Essa nomenclatura é muito famosa, há um tempo distante já fiz até uma série aqui no blog falando disso. O código de engenharia representa algumas coisas:
- A nomenclatura de como o equipamento é chamado na empresa
- Junto, com um sistema de PDM, existem revisões e evoluções do produto. Onde elas surgem por uma série de razões como, melhorias de sistema, eliminação de erros de componentes.
O código em um sistema de pdm está associado com produto e cada variação de equipamento deve ter o seu código novo, por mais estranho que seja. Vamos a um exemplo de variações de criação de Part Numbers novos para equipamentos.
- Equipamento com múltiplos sentidos de movimentação – No equipamento código A, ele se movimenta para uma abertura de porta para a direita, enquanto no outro numeral, para a esquerda.
- Variações de tipos de acionamento – Em uma variação a partida dos motores seria por sistema estrela triângulo, no outro por sistemas eletrônicos de partida.
Serial Number – O número de saída e fabricação
Quando falamos de Serial Number, a situação se torna mais difícil de se gerenciar via um PDM. Uma vez que o necessário a ser analisado é um pouco diferente.
- Com qual revisão de um determinado part number ele estava associado quando foi produzido.
- Quantas ocorrências em campo o equipamento teve depois que saiu da fábrica e instalado?
- Quais componentes foram substituídos para manutenção preventiva ou retrofit?
Problemas em números de série
O problema mais comum em quem conta com somente um sistema PDM e precisa administrar números de série.
- Qual o part number que estava associado a ele quando foi fabricado?
- Qual revisão?
Ok, fui prolixo, mas vai fazer sentido quando vocês entenderem que muitas empresas “solucionam” esse problema criando projetos com variações personalizadas a seus clientes.
- Existem pastas de projetos padronizados nos sistemas de arquivos eletrônicos das empresas, onde está estruturado por tipo de família e sub família de itens desenhados.
- Para os “projetos especiais” são criadas pastas específicas para clientes onde o produto original é copiado e adaptado.
Todo mundo acha a melhor coisa atuar na metodologia como mencionei acima, mas com isso surgem outros problemas.
- Como eu sei facilmente as semelhanças de seriais instalados em dois clientes?
- Como eu diferencio se existem duas máquinas iguais instaladas em um mesmo cliente?
Para vocês entenderem, é praticamente impossível gerir número de série com um PDM, ele é feito para gerir arquivos, não um produto e suas variações.
O PLM – Uma solução
O PLM se diferencia em muito de um PDM por conter uma lógica muito mais simples.
- Nele montamos as hierarquias de produtos com famílias de equipamentos e suas derivações, configurações
- Nas configurações criamos os números de série com o código de engenharia associado a ele.
- Com isso, nasce um objeto associado tanto com os descritivos de produto, como cliente para o qual foi vendido como o cliente onde é instalado.
Uma vez que existe o objeto “Número de série”, o mesmo nasce, vai a campo e é descontinuado. A qualquer momento, poderemos consultar a sua lista de materiais, independente de como o produto da empresa foi alterado ao longo do tempo.
Sds,
Kastner